Refletindo sobre o ato da leitura, podemos considerar que o mediador é aquele que aproxima o leitor do texto ou que privilegia esta relação.
Quem são mediadores de leitura? Os familiares, os professores, os bibliotecários, os redatores, os livreiros e até os amigos que nos emprestam um livro. Mas, os mediadores que mais se intervêem no processo são os familiares, os professores e os bibliotecários.
Os pais deveriam ser os primeiros promotores de leitura, mas, em geral, ou não tem tempo, não tem dinheiro ou não têm a consciência da importância que exercem sobre seus filhos no sentido de motivá-las à leitura sendo que muitos passam toda uma vida sem nunca ter comprado sequer um livro.
Assim novamente o professor é encarregado de aproximar o aluno da leitura; e é fundamental que ele faça esta mediação, trabalhando o texto de maneira prazerosa e não como cobrança ou avaliação.
Da mesma forma, espera-se que isto também ocorra com o bibliotecário, pois esta responsabilidade atribuída a ele deve-se ao fato dele se encontrar em um ambiente propício a leitura e cheio de imaginários para as crianças, o que eleva sua responsabilidade em relação aos demais mediadores citados.
O bibliotecário, na minha opinião, deveria ser uma pessoa especial no seu trabalho, que pode possibilitar uma diversificação de leitura e, diferente do professor, não está obrigado a cumprir horários e avaliações, portanto, tem maior liberdade para propor atividades, dialogar com os alunos propondo inúmeras situações de aprendizado sem que o mesmo se sinta pressionado.
Todos os mediadores, pelo papel que eles desempenham na motivação de leitura, podem interferir com maior ou menor profundidade na formação de cidadãos críticos e criativos com autonomia e conhecimentos para a vida. Considero ainda, que os mediadores de leitura devem propiciar aos leitores uma pluralidade de experiências, para que eles percebam a leitura não apenas como aprendizagem escolar, mas como elemento de lazer e satisfação e ao mesmo tempo estar se preparando para a cidadania.
Infelizmente, a realidade não é bem assim, esses profissionais (professores, bibliotecários) além de ter um salário não condizente com seu grau de estudo, relevância do seu trabalho, enfrentam ainda a falta de tempo para o planejamento de suas aulas e seus projetos, pois a maioria tem que trabalhar em dois ou mais turnos. Nos preocupamos com nossos alunos, mas quem se preocupa com o professor?
Olá Cris!
ResponderExcluirLendo a reflexão que você fez,sobre a questão que envolve o ato de ler, podemos observar que esta permeia diversos seguimentos que se certa forma se convergem para que a leitura aconteça.
um abração,
Zezé
Boa tarde, Cristina,
ResponderExcluirSou repórter da Revista Educação e estou escrevendo uma matéria sobre o papel do professor no incentivo da leitura. Li esse seu post e achei bem interessante, por isso gostaria de entrevistá-la para a revista.
O gancho da matéria é a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada recentemente pela Fundação Pró-Livro. A ideia da reportagem é analisar os resultados da pesquisa e explicar por que os professores hoje são mais responsáveis pelo incentivo à leitura do que as mães, como podem fazer esse trabalho nas escolas e de que tipo de apoio precisam dentro da instituição.
Nossa conversa seria por telefone e não tomaria muito do seu tempo. Seria mais para você contar sua experiência como professora e como você enxerga dentro da profissão essa questão do incentivo à leitura. Infelizmente estou com o prazo curto, que foi prejudicado pelo feriado, por isso precisaríamos fazer a entrevista no máximo até terça-feira da semana que vem (dia 10).
Agradeço desde já pela atenção e aguardo seu retorno, que pode ser feito pelo email: carmen.guerreiro@gmail.com
Obrigada,
Carmen