Refletindo sobre o ato da leitura, podemos considerar que o mediador é aquele que aproxima o leitor do texto ou que privilegia esta relação.
Quem são mediadores de leitura? Os familiares, os professores, os bibliotecários, os redatores, os livreiros e até os amigos que nos emprestam um livro. Mas, os mediadores que mais se intervêem no processo são os familiares, os professores e os bibliotecários.
Os pais deveriam ser os primeiros promotores de leitura, mas, em geral, ou não tem tempo, não tem dinheiro ou não têm a consciência da importância que exercem sobre seus filhos no sentido de motivá-las à leitura sendo que muitos passam toda uma vida sem nunca ter comprado sequer um livro.
Assim novamente o professor é encarregado de aproximar o aluno da leitura; e é fundamental que ele faça esta mediação, trabalhando o texto de maneira prazerosa e não como cobrança ou avaliação.
Da mesma forma, espera-se que isto também ocorra com o bibliotecário, pois esta responsabilidade atribuída a ele deve-se ao fato dele se encontrar em um ambiente propício a leitura e cheio de imaginários para as crianças, o que eleva sua responsabilidade em relação aos demais mediadores citados.
O bibliotecário, na minha opinião, deveria ser uma pessoa especial no seu trabalho, que pode possibilitar uma diversificação de leitura e, diferente do professor, não está obrigado a cumprir horários e avaliações, portanto, tem maior liberdade para propor atividades, dialogar com os alunos propondo inúmeras situações de aprendizado sem que o mesmo se sinta pressionado.
Todos os mediadores, pelo papel que eles desempenham na motivação de leitura, podem interferir com maior ou menor profundidade na formação de cidadãos críticos e criativos com autonomia e conhecimentos para a vida. Considero ainda, que os mediadores de leitura devem propiciar aos leitores uma pluralidade de experiências, para que eles percebam a leitura não apenas como aprendizagem escolar, mas como elemento de lazer e satisfação e ao mesmo tempo estar se preparando para a cidadania.
Infelizmente, a realidade não é bem assim, esses profissionais (professores, bibliotecários) além de ter um salário não condizente com seu grau de estudo, relevância do seu trabalho, enfrentam ainda a falta de tempo para o planejamento de suas aulas e seus projetos, pois a maioria tem que trabalhar em dois ou mais turnos. Nos preocupamos com nossos alunos, mas quem se preocupa com o professor?